sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Em Natal, peça com Beth Goulart reflete vida e obra de Clarice Lispector

'Simplesmente eu' estará em cartaz no Teatro Riachuelo próxima terça (27).
Ingressos custam entre R$ 70 e R$ 100; estudantes pagam meia entrada. 

 A atriz Beth Goulart apresenta a pela "Simplesmente Eu, Clarice Lispector", em Indaiatuba (Foto: Divulgação/Fabian)

 Visto por mais de 400 mil pessoas, o espetáculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector" com Beth Goulart, estará em cartaz no Teatro Riachuelo, em Natal, na próxima terça-feira (27). A  assina a adaptação do texto e direção da peça. Pelo trabalho, Beth Goulart ganhou quatro prêmios de melhor atriz: Shell 2009, APTR, Revista Contigo e Qualidade Brasil que premiou também como melhor espetáculo.

 A peça mostra a trajetória desta mulher em direção ao entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições. Uma autora e seus personagens dialogando sobre a vida e morte, criação, Deus, cotidiano, palavra, silêncio, solidão, entrega, inspiração, aceitação e entendimento. O texto é extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências de Clarice e trechos das obras: "Perto do Coração Selvagem", "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres" e os contos "Amor" e "Perdoando Deus".

Sinopse da Peça

Joana, uma mulher inquieta e criativa foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu. No auge da adolescência, ao ler “Perto do Coração Selvagem”, romance de estreia da autora, sua identificação foi inevitável. "Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia", confessa Beth. Depois de Joana, que representa o impulso criativo selvagem, vieram outras mulheres na escrita de Clarice. Entre elas, está Ana, do conto "Amor", que leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico. Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos.


A atriz Beth Goulart apresenta a pela "Simplesmente Eu, Clarice Lispector", em Indaiatuba (Foto: Divulgação/Fabian)

Lóri, da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir o amor. Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor. Há ainda outra mulher sem nome que no conto "Perdoando Deus", se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana, representando a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres que, para Beth, "representam algumas facetas da própria Clarice" foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Em “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, espetáculo que teve estreia nacional em julho de 2009 em Brasília, a atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma. "Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas", acrescenta a atriz. Na peça, Beth faz reflexões sobre temas como criação, vida e morte, Deus, cotidiano, solidão, arte, loucura, aceitação e entendimento e trabalha pontos característicos da obra de Lispector, como o vazio, o silêncio e o instante-já, "aquele momento único, que é como um flash, um insight", explica a atriz.
Para o monólogo, que ela também dirige, passou dois anos mergulhada em longa pesquisa. A narrativa se constrói a partir de trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências. Segundo Beth, toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor. "Ela falava sobre o amor maternal, o do relacionamento, o amor a Deus, à natureza, ao próximo. Escolhi esse viés para apresentá-la ao público". Para a atriz, representar Clarice Lispector é realizar um antigo desejo. "Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena."
A caracterização foi feita de forma cuidadosa. Detalhes como a maquiagem ganharam tratamento especial de Beth Goulart, que optou por um caminho neutro para passear livremente pela pele das personagens e da autora. "O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a ser escrita por esses personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos sentimentos, pela luz."

Serviço

Valores dos Ingressos:
Frisas: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)
Balcão Nobre: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)
Plateia B: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia)
Plateia A: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Camarotes: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Na Bilheteria do Teatro - Veja horário de funcionamento.
                                                          No Televendas: 4003 2330
 A noticia na hora certa 
Fonte = G1

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